quarta-feira, 17 de setembro de 2008

DÍZIMOS X OFERTAS - LEI X GRAÇA: AINDA HÁ LEVITAS DA LINHAGEM AARÔNICA?

Muito se fala acerca dos dízimos e ofertas na igreja hoje em dia, inclusive com líderes dizendo que se o membro não der o dízimo, que o “devorador” vai entrar na vida da pessoa, ameaças de maldição na vida financeira e etc...
Precisamos entender algumas coisas, como por exemplo, o que era o dízimo no tempo de Abrão, no tempo da Lei e agora, na Graça.

1º) Dízimo Antes da Lei:
Diz as Escrituras, que Abrão deu o dízimo, não fala sobre Isaque e Jacó, foi um caso à parte. Vejamos:
a) ABRÃO → "E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo." Gn 14:20
Não foi solicitado o dízimo de Abrão. Ele o deu espontaneamente.
b) JACÓ: → Esse tentou barganhar com Deus. Vejamos:
Gn 28:20,22
20 E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir;
21 E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus;
22 E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.
Contudo, aprendeu que se devia ofertar pelo amor e temor, e não como forma de barganha.

2º) Dízimo Na Época da Lei:
Diz as Escrituras Sagradas:
Nm 18:19,24
19 Todas as ofertas alçadas das coisas santas, que os filhos de Israel oferecerem ao SENHOR, tenho dado a ti, e a teus filhos e a tuas filhas contigo, por estatuto perpétuo; aliança perpétua de sal perante o SENHOR é, para ti e para a tua descendência contigo.
20 Disse também o SENHOR a Arão: Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles, nenhuma parte terás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel.
21 E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam, o ministério da tenda da congregação.
22 E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram.
23 Mas os levitas executarão o ministério da tenda da congregação, e eles levarão sobre si a sua iniqüidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão,
24 Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao SENHOR em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão.

Ou seja, era para a manutenção do sacerdócio levítico, devido a não participação deles na divisão da terra. Era pago em grãos e outras produções que os filhos de Israel fizessem.

Malaquias, que tantos usam para sustentar o dízimo hoje, na graça, fala desse sustento do sacerdócio aarônico. O livro de Malaquias e de Neemias, são da mesma época, sendo os dois últimos a serem inclusos no cânon vetero-testamentário pelo sacerdote Esdras, e falam desse problema. Vejamos:

a)Em Neemias:
Ne 13:9,13

9 E, ordenando-o eu, purificaram as câmaras; e tornei a trazer para ali os utensílios da casa de Deus, com as ofertas de alimentos e o incenso.
10 Também entendi que os quinhões dos levitas não se lhes davam, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam a obra, tinham fugido cada um para a sua terra.
11 Então contendi com os magistrados, e disse: Por que se desamparou a casa de Deus? Porém eu os ajuntei, e os restaurei no seu posto.
12 Então todo o Judá trouxe os dízimos do grão, do mosto e do azeite aos celeiros.
13 E por tesoureiros pus sobre os celeiros a Selemias, o sacerdote, e a Zadoque, o escrivão e a Pedaías, dentre os levitas; e com eles Hanã, filho de Zacur, o filho de Matanias; porque foram achados fiéis; e se lhes encarregou a eles a distribuição para seus irmãos.

b) Em Malaquias:
Ml 3:8,11
8 Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.
9 Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação.
10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.
11 E por causa de vós repreenderei o devorador (espécie de gafanhoto que dizimava as colheitas de tempos em tempos), e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.

Os textos são claros. O povo não estava mas trazendo os dízimos das colheitas e outros, de modo que já não havia mais mantimento no templo. Sem poder executar suas funções devido à penúria que instalava-se, os levitas foram após outros serviços, ficando o Templo largado e servido de morada de incircuncisos.

2º) Dízimo No Tempo da Graça:
Mas e no tempo da graça? Será que somos obrigados a dizimar? Será obrigação ou algo voluntário?
Vejamos:
Jesus fala do dízimo? Sim. Diz as Escrituras:
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas." Mt 23:23
"Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e não deixar as outras." Lc 11:42

Está falando aqui com os fariseus, que eram pela Lei, devedores no tocante ao dízimo à Levi.

Mas e à Igreja? Fala-se em dízimos (no sentido de obrigação)? Não. Não fala.
Fala em ofertas (como o foi a de Barnabé, Ananias e Safira e tantos outros), mas em ponto algum diz que é obrigatório
.
Vejamos:
I Co 9:13,14
13 Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar?
14 Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.

Fala de Oferta para sustento do Ministério Pastoral (mas Paulo renunciou a esse sustento, como vemos mais abaixo para não ser entrave para a obra)

II Co 8:1,5
1 TAMBÉM, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia;
2 porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade.
3 Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente.
4 Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.
5 E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao SENHOR, e depois a nós, pela vontade de Deus.

Eles deram voluntariamente. Não foi extorquido nada a base de ameaça de devorador.

II Co 9:6,10
6 E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.
7 Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
8 E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra;
9 Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre.
10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça;

Falam só do versículo 6, dando a entender ao pobre, que quanto mais ele colocar na obra, Deus vai retorná-lo, mas os versículos seguintes, dão o entendimento completo. “Segundo propôs no seu coração”.

O cristão, se ele quiser ofertar até mais do que o dízimo, ele é livre para fazê-lo, e se for entregue com alegria, Deus abençoa. Mas dizer que ele é obrigado, é assalto a mão armada com arma calibre 66. É querer cobrar algo, que não cabe à Igreja. É má fé com a ovelha dizer que “devorador” vai entrar se não der o dízimo. Já ouvi até a heresia que esse demônio chamado “devorador”, só sai dizimando, que jejum e oração não tiram não, quando a Palavra diz, que todo e qualquer demônio sai é no Nome Exaltado de Jesus, e não por causa de quantia A ou B entregue no gazofilácio da Igreja.

Um casal amigo meu, ele pastor e ela missionária, que foram meus alunos no seminário teológico no qual lecionava, escandalizaram-se quando disse isso. A Varoa chegou a interpelar-me na aula e perguntou: “Quem é que vai pagar as contas da igreja?”. No que eu disse a ela: “Irmã, se a obra for de Deus, o Senhor envia o sustento”. Eles não voltaram mais às minhas aulas.

E você? Qual sua opinião à respeito? Ainda há sacerdotes da linhagem aarônica aos quais devemos dízimos? Denominações possuem essa autoridade bíblica?

Se a resposta for não, felicito-vos. Pois estás de acordo com a sã doutrina e com as Escrituras.

Vosso Conservo...

Julio Cesar L. Nascimento.

Pr. Presidente do Ministério Ben Elohim - Sepetiba - Rio de Janeiro.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008


EXEMPLO A SER SEGUIDO

******************************

Certa feita li em uma comunidade do Orkut com o sugestivo nome “Eu Leio a Bíblia”, um cidadão vociferar o seguinte (as partes grifadas foram por minha conta, para chamar a atenção aos disparates do sujeito):
Concordo que foi Deus que permitiu que Jó passasse pela provação e que Satanás tocasse nos seus bens, família e até nele mesmo. Mas você acha que Deus estava feliz com aquela situação? Não! Deus estava esperando que Jó como um homem de Deus, se levantasse e exigisse e determinasse a saída daquele mal que o atormentava, contudo, Jó como muitos cristãos de hj, achou que era da vontade de Deus aquilo que estava acontecendo, e sofreu todos aqueles anos. Como Jó disse: Nu vim do ventre de minha mãe e nú voltarei para lá. Mas a vontade de Deus sempre foi e é que vivamos uma vida abundante e abençoada em todas as áreas. Deus não queria o ver sofrer daquele jeito, mas estava a espera de uma posição tomada por Jó. Não era da vontade de Deus que Jó sofresse nas mãos de Satanás, o que ele queria ver era que Jó se levantasse e dissesse para que o mal saísse, mas Jó não fez isso e sofreu todos aqueles anos. Deus o restituiu sim, mas se Jó deixasse a religiosidade de lado e determinasse a saída do mal, ele não teria passado por tudo o que passou. Nessa situação, eu pessoalmente acredito que Jó não é exemplo para ninguém.
Mais à frente, o estulto ainda responde a uma refutação, complementando ainda mais sua heresia, com a seguinte pérola:
Jó era imaturo sim, porque ele deveria ter expulsado o mal. E Deus não era responsável pelo mal que estava afligindo Jó. Deus não coloca ninguém na miséria e nem coloca doença em ninguém. Porque quem faz esse tipo de coisa é Satanás. E não foi Deus que fez tudo aquilo com Jó, mas sim Satanás. Eu li sim a história de Jó, e ele fala no final que conhecia a Deus somente por ouvir falar, pois ele só realmente teve um encontro com Deus depois da sua restituição que Deus por misericórdia concedeu a Jó. Peçam esclarecimento da Palavra a Deus se lhe falta. Desperta tu que dormes e Cristo te esclarecerá.”. Essa parte final, da “Palavra” e do “desperta”, só pode ser pândega do “elemento alucinado” em questão!!!!
Ou seja, além de fazer uma inxegese (colocar suas idéias próprias no trecho canônico e não deixar que o próprio texto fale por si só, analisando as passagens correlacionadas, o contexto que permite fazer a correta exegese bíblica), colocando à baila uma completa deturpação do texto bíblico, subvertendo a soberania de Deus, pois diz as Escrituras: "Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas." Is 45:7. Ou seja: nada há que escape ao controle e soberania de Deus, pois até para tocar em um servo dele, o maligno não o faz sem consentimento de Deus, e assim mesmo para prová-lo, no que o cidadão acima, a si próprio se contradiz, pois primeiramente diz que Deus permitiu, mas depois disse que não. Se de fato leu Jó, o fez embriagado em doutrinas da chamada Confissão Positiva. Para sustentar tal aberração doutrinária e alegação herética, a qualquer refutação, seus adeptos repetem como um mantra sagrado: “... aqueles que são de Deus o maligno não toca” I Jo 5:18. Ou seja, cauterizaram seus entendimentos e raciocínios no lixo que Benny Hinn, Kenneth Hagin e outros acéfalos do evangelho incutiram na mente de milhões, fazendo-os acharem-se super-homens espirituais e colocando o Todo Poderoso Deus como um simples “Gênio da Lâmpada”, cuja única serventia é dar-nos o que nós, crianças mimadas, exigimos e determinamos apoiados em trechos deturpados e mal interpretados de sua Santa Palavra.
Alguns exemplos dessas aberrações:
a)Usar a frase `se for a Tua vontade´ em oração pode parecer espiritual, e demonstrar atitude piedosa de quem é submisso à vontade do Senhor, mas além de não adiantar nada, destrói a própria oração” (R.R.Soares, livro O Direito de Desfrutar Saúde, p. 11, citado por Paulo Romeiro, Supercrentes, p.37) – Ou seja, Jesus o Filho de Deus estava alucinado quando asseverou que ao orarmos ao Pai, assim o fizéssemos: "E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu." Lc 11:2
b)Jesus me apareceu e disse que se alguém, em qualquer lugar, quiser tomar esses quatro passos ou pôr em operação esses quatro princípios, sempre receberá o que quiser de mim ou da parte de Deus Pai: Passo 1 – Diga a coisa: positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. Passo 2 – Faça a coisa: Os atos derrotam-no ou lhe dão vitória. Passo 3 – Receba a coisa: Compete a nós a conexão com o dínamo do céu. Passo 4 – Conte a coisa: Contar para que outros também possam crer” (Kenneth Hagin, Como Registrar Seu Próprio Bilhete com Deus, p.5, citado por Hank Hanegraaaff, em Cristianismo em Crise, p. 81). Referindo-se a João 14:14, Hagin ensina que “a palavra `pedir´ também significa `exigir´: `E tudo quanto exigirdes em Meu nome, isso [Eu, Jesus] farei” – Ou seja, submissão ao Criador (Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; I Pe 5:6), humildade (Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Tg 4:6) além do trecho que diz: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." Gl 1:8, não significam nada para esses elementos. Quiçá, tenham arrancado esses trechos de seus exemplares dos Oráculos Sagrados.
c)Nunca jamais, em tempo algum vão ao Senhor e digam: `Se for da tua vontade...´ Não permitam que essas palavras destruidoras da fé saiam da boca de vocês. Quando vocês oram `se for da tua vontade, Senhor´ a fé é destruída. A dúvida espumará e inundará todo o seu ser. Resguardem-se de palavras como essas, que lhes roubarão a fé e os puxarão para baixo, ao desespero” (Benny Hinn, Levante-se e Seja Curado, ibid, p.295) – Para esse senhor, que em seu livro Good Morning, Holy Spirit (Bom Dia Espírito Santo – pág. 56), Hinn afirma que, em uma de suas supostas conversas com o Espírito Santo, o Consolador teria implorado para que ele ficasse em sua presença: “Hinn, por favor, mais cinco minutos; apenas mais cinco minutos. Tal declaração não é de se assustar, pois se deve julgar um deus para que o Parakletos de Deus implorasse por sua presença. A refutação é a mesma aplicada a seu discípulo acima, o R.R. Soares;
d) Frederic Price, outro arauto da Confissão Positiva, segue no mesmo diapasão: “Se você tem de dizer: `Se for da tua vontade´ ou `Que se faça a tua vontade´, então você está chamando Deus de idiota. É deveras estupidez orar para que a vontade de Deus seja feita. Isto é uma farsa, um insulto à inteligência de Deus” – De fato, é deveras estupidez acreditar num acinte desses ao Todo Poderoso Deus, pois as Escrituras dizem: "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites." Tg 4:3. É deveras estupidez o fato de acreditarem em tal asneira e heresia, quando o próprio Filho de Deus, ante seu martírio pela remissão de nossos pecados, ora ao Pai da seguinte forma: "E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres." Mc 14:36. E que o objetivo de nossa criação, não é o de sermos servidos pelo Todo Poderoso Deus, mas servi-lo e no fato de servi-lo, ganharmos nosso galardão: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." Jo 6:38. Não é o servo maior que seu Senhor. Basta-nos sermos seus imitadores quanto ao seu ministério terreno, lembrando sempre: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. Jo 15:7. Mas apenas se estivermos no Senhor.
Segundo esses “apologetas da confissão positiva”, o homem é o substituto de Deus aqui na Terra e portanto, deve exigir seus direitos e não se submeter à vontade de Deus. Essa aberração doutrinária e teológica rebaixa o Criador, que fica à mercê das vontades e caprichos humanos, e exalta o homem, elevando-o ao ponto de estar em pé de igualdade com Cristo. Esses Balaões pós-modernos vociferam e ensinam o que o Senhor não mandou falar e muito menos ensinar. Apresentam-nos um cristianismo antropocêntrico e deveras particular, baseado mais em experiências particulares, de pseudo-visões e alucinógenas aparições.
O homem foi criado em termos de igualdade com Deus... O crente é chamado de Cristo... Eis quem somos: somos Cristo... Você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi”. “O Senhor fez o homem como o Seu substituto aqui na terra... O homem era Senhor... vivia em termos de igualdade com o Criador. Muitos não sabem ainda que são filhos e filhas de Deus tanto quanto o próprio Jesus... Nem o próprio Senhor Jesus tem uma posição melhor diante de Deus do que você e eu temos” (Kenneth Hagin, citado por Hank Hanegraaaff, Cristianismo em Crise, p. 116/7).
Essas asseverações insanas são mais do que cabal prova de que não podemos confiar e tampouco levar em consideração a doutrina da “Confissão Positiva”. Afirmar em alto e bom som que o Príncipe da Paz, Deus Forte, Pai da Eternidade, Conselheiro, o Nosso Emanuel, Jesus Cristo, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, tem posição inferior ao homem diante do Pai, além de um insulto e blasfêmia contra o Filho Unigênito de Deus, o Verbo encarnado, o “Alfa e Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim”, é o mesmo que pegar todo o texto Sagrado e rasgar de Gênesis a Apocalipse. Observem que em sua insanidade doutrinária, Hagin rebaixa Jesus a uma condição de desigualdade com o Pai, ao mesmo tempo em que enleva e põe-se como arauto da deificação do homem. Essa doutrina é a mesma de Satanás, quando utilizando-se da serpente (Gn 3:5).
A razão para Deus criar Adão foi seu desejo de reproduzir a si mesmo. Adão não era um deus pequenino. Não era um semideus. Nem ao menos estava subordinado a Deus” (Kenneth Copeland).

Deus está duplicando a si próprio na Terra” (John Avanzini).

Vocês sabiam que desde o começo do tempo o propósito inteiro de Deus era reproduzir-se?... e quando estamos aqui de pé, vocês não estão olhando para Morris Cerullo; vocês estão olhando para Deus, estão olhando para Jesus” (Morris Cerullo).

Deus duplicou a si mesmo em espécie. Adão foi uma exata duplicata do tipo de Deus” (Charles Capps).

Jesus foi recriado nas portas do inferno” (Valnice Milhomens).

Depois dessas pérolas, nada mais nos restaria a declarar sobre esses doutos atalaias.
A tentativa de colocar o homem em condições de igualdade com Deus é clara e evidente. Afirmam na maior cara de pau, que o homem é um clone do Todo Poderoso Deus. São esses os nossos pastores, mestres e doutores, que estão diuturnamente em nossas casas via televisão e, por livros que vendem igual água, envolvem a milhões de desavisados irmãos, ávidos por novidades e declarações chocantes, impelidos e convencidos dessa doutrina satânica. Estão repetindo a fórmula mágica apresentada por Satanás a Eva, no Jardim do Éden: “Sereis como Deus” (Gn 3:5).
Estamos testemunhando o surgimento de crentes raquíticos, anões espirituais, que na primeira tempestade que enfrentarem e não tiverem a resposta pretendida, correrão sério risco de voltar atrás (lembremos que Paulo orou por três vezes ao Senhor para que fosse retirado o espinho de sua carne e qual foi a resposta dada pelo Criador – II Co 12:7,10). Pessoas que fazem da Casa de Deus, casa de câmbio, em que trocam suas moedas por bens espirituais, à semelhança de Simão, o Mago. Mas tudo para que se cumprisse as Escrituras que dizem em II Pe 2:1,3-9,22:
1 E TAMBÉM houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
2 E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
3 E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.
9 Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados;
10 Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades;
11 Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor.
12 Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção,
13 Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco;
14 Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;
15 Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça;
16 Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta.
17 Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva.
18 Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro,
19 Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.
20 Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.
21 Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;
22 Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.
Crentóides que estão a edificar suas casas na areia, ao invés de edificá-las sobre a Rocha que é Jesus.
Poder-se-ia chamar-me e aos semelhantes a mim de apologetas do sofrimento, mas o que de fato queremos passar, é que o Senhor não chamou ninguém para viver em deitado eternamente em berço esplêndido. Jesus não prometeu vida fácil (não pelo menos nessa vida, pois está escrito: "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." I Co 15:190), nem tampouco que não estaríamos sujeitos às intempéries da vida às quais qualquer ser vivente é submetido, com a diferença de que o Senhor passa conosco.
De fato, tais coisas já eram de se esperar em nosso meio, e até para que o remanescente fiel, a Igreja Invisível, e não meras instituições denominacionais subjugadas a nefastos homens travestidos de atalaias aprendesse a discernir quem é quem. A buscar o dom do discernimento do Espírito, mas do que glossolalias que vicejam a torto e a direito. Como diz as Escrituras: "E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós." I Co 11:19

Analisemos a história de nosso irmão Jó:
a) Quanto ao seu testemunho dentro do Cânon Sagrado:
I – Ezequiel faz menção dele: Ez 14:14-20;
II – Tiago, irmão segundo a carne do Senhor e bispo de Jerusalém, faz menção dele:
Tg 5:11
b) Sua terra (a Terra de Uz) é mencionada em outros trechos escriturísticos, além de Jó, testemunhando de sua existência:
I – Jr 25:20;
II – Lm 4:21
Dever-se-á notar que a força de alguns argumentos depende em parte da localização da terra de Uz. A localização da "Terra de Uz" é incerta. Há duas possibilidades principais:
1. Uz era a descrição de uma área entre Damasco e o rio Eufrates e na orla do deserto Arábico.
2. Uz era localizada na fronteira de Edom, no deserto Arábico. Esta possibilidade coloca Jó mais perto das localizações comumente aceitas para os lugares de origem dos três amigos.
c) Quanto à análise literária:
O livro de Jó pode ser dividido em cinco partes principais. Dividi-lo-emos em:
1. Jó é provado (capítulos 1 - 2)
2. A controvérsia de Jó com seus amigos (capítulos 3 - 31)
3. A apresentação de Eliú (capítulos 32 - 37)
4. O Senhor fala a Jó (capítulos 38 - 41)
5. Jó é abençoado (capítulo 42)
Cada um dos três amigos de Jó fala e Jó lhes responde sucessivamente. Zofar é o único que não fala uma terceira vez.
Por fim, apresentando-se a Jó, Deus fala, interpelando ao que se auto-justificava, ilustrando nas suas indagações, a Grandeza de sua Majestade, e que todas as coisas estavam e estão sujeitas e Ele.
A maioria dos estudiosos dos Oráculos Sagrados estão cientes de que o livro de Jó é relacionado com o assunto do “provação + sofrimento” e particularmente com o “sofrimento inocente”. Jó não entendia o porquê de estar sofrendo e assim está posto o cenário para uma discussão do problema do sofrimento humano em geral.
Os três amigos de Jó partilhavam uma idéia comum aos tempos bíblicos, mas errônea, quanto à razão do sofrimento do homem, o de que o sofrimento é a resultante direto dos pecados pessoais e está na proporção direta da magnitude dos pecados. Logo, chegaram à esplêndida conclusão que Jó era um tremendo de um pecador, e portanto, naturalmente, estava sofrendo os efeitos de seus atos. O problema com tal raciocínio, é que a sua premissa maior (o sofrimento é o resultado direto dos pecados pessoais) nem sempre é verdadeira. Há outras causas que podem causar sofrimento e privações à vida humana.
Embora muitos considerem o livro de Jó apenas uma narrativa alegórica acerca do sofrimento, provação e aprovação a que todos os que são chamados por Deus estão sujeitos, não obstante, outras referências bíblicas concernentes a Jó apontam-no como personagem histórico real e aceito, a ponto de servir de exemplo.
Elifaz, o Temanita, entretanto, fala um algo que deveras é verdade (não no caso de Jó, pois se tratava de uma prova em especial), e poucos que atentam para tal: "Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus repreende; não desprezes, pois, a correção do Todo-Poderoso." Jó 5:17. Coaduna com o que nos diz o escritor de Hebreus, no trecho de Hb 12:1,13, quando diz:
1 PORTANTO nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta,
2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
3 Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.
4 Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.
5 E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do SENHOR, E não desmaies quando por ele fores repreendido;
6 Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho.
7 Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?
8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.
9 Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?
10 Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.
11 E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.
12 Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados,
13 E fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente, antes seja sarado.
Longe se ser um arauto do sofrimento, quero deixar bem claro, aquilo que Jesus afirmou em sua oração ao final da última ceia: "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." Jo 16:33. Ou seja, estamos sim sujeitos a todo e qualquer tipo de intempérie da vida. Mas a diferença entre nós e um incrédulo, é que Jesus já venceu o “Mundo” por nós, e que independente do que aconteça, "... em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou." Rm 8:37. Lembrando sempre a que nosso tesouro é muito mais do que ouro, prata, casas e carros, como diz lá em II Co 4:16,18
16 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.
17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;
18 Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.
Nossas esperanças vão muito além do que vemos ou pensamos, muito além dessa efêmera vida: "Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo." Rm 15:13.
O cristão, quando é provado, sabe que o Senhor tem uma finalidade ao permitir a aflição, da qual ele sairá fortalecido em Cristo Jesus e em Sua Palavra (basta conferir 2 Co 4:8,11; 6:4,10; 12:10; II Tm 2:3,6; 3:12; Hb 12:5,11; 1 Pe 1:6,7; 4:12,13; 5:10; e outras mais).

Que a Graça e a Paz de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, seja com todos os que lerem e se possível, comentar esse texto.

Vosso Conservo...

Julio Cesar L. Nascimento.

Pr. Presidente do Ministério Ben Elohim - Sepetiba - Rio de Janeiro.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

95 TESES PARA A IGREJA DE HOJE


1 – Reafirmamos a supremacia das Escrituras Sagradas sobre quaisquer visões, sonhos ou novas revelações que possam aparecer. (Mc 13.31)

2 – Entendemos que todas as doutrinas, idéias, projetos ou ministérios devem passar pelo crivo da Palavra de Deus, levando-se em conta sua total revelação em Cristo e no Novo Testamento do Seu sangue. (Hb 1.1-2)

3 – Repudiamos toda e qualquer tentativa de utilização do texto sagrado visando a manipulação e domínio do povo que, sinceramente, deseja seguir a Deus. (2 Pe 1.20)

4 – Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que contém TODA a revelação que Deus julgou necessária para todos os povos, em todos os tempos, não necessitando de revelações posteriores, sejam essas revelações trazidas por anjos, profetas ou quaisquer outras pessoas. (2 Tm 3.16)

5 – Que o ensino coerente das Escrituras volte a ocupar lugar de honra em nossas igrejas. Que haja integridade e fidelidade no conhecimento da Palavra tanto por parte daqueles que a estudam como, principalmente, por parte daqueles que a ensinam. (Rm 12.7; 2 Tm 2.15)

6 – Que princípios relevantes da Palavra de Deus sejam reafirmados sempre: a soberania de Deus, a suficiência da graça, o sacrifício perfeito de Cristo e Sua divindade, o fim do peso da lei, a revelação plena das Escrituras na pessoa de Cristo, etc. (At 2.42)

7 – Cremos que o mundo jaz no maligno, conforme nos garantem as Escrituras, não significando, porém, que Satanás domine este mundo, pois “do Senhor é a Terra e sua Plenitude, o mundo e os que nele habitam”. (1 Jo 5.19; Sl 24.1)

8 – Cremos que a vitória de Jesus sobre Satanás foi efetivada na cruz, onde Cristo “expôs publicamente os principados e potestades à vergonha, triunfando sobre eles” e que essa vitória teve como golpe final a ressurreição, onde o último trunfo do diabo, a saber, a morte, também foi vencido. (Cl 2.15; 1 Co 15.20-26)
9 – Acreditamos que o cristão verdadeiro, uma vez liberto do império das trevas e trazido para o Reino do Filho do amor de Deus, conhecendo a verdade e liberto por ela, não necessita de sessões contínuas de libertação, pois isso seria uma afronta à Cruz de Cristo. (Cl 1.13; Jo 8.32,36)

10 – Cremos que o diabo existe, como ser espiritual, mas que está subjugado pelo poder da cruz de Cristo, onde ele, o diabo, foi vencido. Portanto, não há a necessidade de se “amarrar” todo o mal antes dos cultos, até porque o grande Vencedor se faz presente. (1 Co 15.57; Mt 18.20)

11 – Declaramos que nós, cristãos, estamos sujeitos à doenças, males físicos, problemas relativos à saúde, e que não há nenhuma obrigação da parte de Deus em curar-nos, e que isso de forma alguma altera o seu caráter de Pai amoroso e Deus fiel. (Jo 16.33; 1 Tm 5.23)

12 – Entendemos que a prosperidade financeira pode ser uma benção na vida de um cristão, mas que isso não é uma regra. Deus não tem nenhum compromisso de enriquecer e fazer prosperar um cristão. (Fp 4.10-12)

13 – Reconhecemos que somos peregrinos nesta terra. Não temos, portanto, ambições materiais de conquistar esta terra, pois “nossa pátria está nos céus, de onde aguardamos a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo”. (1 Pe 2.11)

14 – Nossas petições devem sempre sujeitar-se à vontade de Deus. “Determinar”, “reivindicar”, “ordenar” e outros verbos autoritários não encontram eco nas Escrituras Sagradas. (Lc 22.42)

15 – Afirmamos que a frase “Pare de sofrer”, exposta em muitas igrejas, não reflete a verdade bíblica. Em toda a Palavra de Deus fica clara a idéia de que o cristão passa por sofrimentos, às vezes cruéis, mas ele nunca está sozinho em seu sofrer. (Rm 8.35-37)

16 – Reafirmamos que, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, sendo os mesmos livres de quaisquer maldições passadas, conhecidas ou não, pelo poder da cruz e do sangue de Cristo, que nos livra de todo o pecado e encerra em si mesmo toda a maldição que antes estava sobre nós. (Rm 8.1)
17 – Entendemos que a natureza criada participa das dores, angústias e conseqüências da queda do homem, e que aguarda com ardente expectativa a manifestação dos filhos de Deus. (Rm 8.19-23)

18 – Reconhecemos a suficiência e plenitude da graça de Cristo, não necessitando assim, de quaisquer sacrifícios ou barganhas para se alcançar a salvação e favores de Deus. (Ef 2.8-9)

19 – Reconhecemos também a suficiência da graça em TODOS os aspectos da vida cristã, dizendo com isso que não há nada que possamos fazer para “merecermos” a atenção de Deus. (Rm 3.23; 2 Co 12.9)

20 – Que nossos cultos sejam mais revestidos de elementos de nossa cultura. Que a brasilidade latente em nossas veias também sirva como elemento de adoração e liturgia ao nosso Deus. (1 Co 7.20)

21 – Que entendamos que vivemos num “país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza”. Portanto, que não seja mais “obrigatório” aos pastores e líderes o uso de trajes mais adequados ao clima frio ou extremamente formais. Que celebremos nossa tropicalidade com graça e alegria diante de Deus e dos homens. (1 Co 9.19-23)

22 – Que nossa liturgia seja leve, alegre, espontânea, vibrante, como é o povo brasileiro. Que haja brilho nos olhos daqueles que se reúnem para adorar e ouvir da Palavra e que Deus se alegre de nosso modo brasileiro de cultuá-LO. (Salmo 100)

23 – Que as igrejas entendam que Deus pode ser adorado em qualquer ritmo, e que a igreja brasileira seja despertada para a riqueza dos vários sons e ritmos brasileiros e entenda que Deus pode ser louvado através de um baião, xote, milonga, frevo, samba, etc... (Sl 150)

24 – Que retornemos ao princípio bíblico, vivido pela igreja chamada primitiva, de que “ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” (At 4.32)
25 – Que não condenemos nenhum irmão por ter caído em pecado, ou por seu passado. Antes, seguindo a Palavra, corrijamos a ovelha ferida com espírito de brandura, guardando-nos para que não sejamos também tentados. (Gl 6.1)

26 – Que ninguém seja culpado por duvidar de algo. Que haja espaço em nosso meio para dúvidas e questionamentos. Que ninguém seja recriminado por “falta de fé”. Que haja maturidade para acolher o fraco e sabedoria para ensiná-lo na Palavra. A fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra de Deus. (Rm 14.1; Rm 10.17)

27 – Que a igreja reconheça que são as portas do inferno que não prevalecerão contra ela e não a igreja que tem que se defender do “exército inimigo”. Que essa consciência nos leve à prática da fé e do amor, e que isso carregue consigo o avançar do Reino de Deus sobre a terra. (Mt 16.18) 28 – Cremos na plena ação do Espírito Santo, mas reconhecemos que em muitas situações e igrejas, há enganos em torno do ensino sobre dons e abusos em suas manifestações. (Hb 13.8; 1 Co 12.1)

29 – Que nossas estatísticas sejam mais realistas e não utilizadas para, mentindo, “disputarmos” quais são as maiores igrejas; o Reino é bem maior que essas futilidades. (Lc 22.24-26)

30 – Que os neófitos sejam tratados com carinho, ensinados no caminho, e não expostos aos púlpitos e à “fama” antes de estarem amadurecidos na fé, para que não se ensoberbeçam e caiam nas ciladas do diabo. (1 Tm 3.6)

31 – Que saibamos valorizar a nossa história, certos de que homens e mulheres deram suas vidas para que o Evangelho chegasse até nós. (Hb 12.1-2)

32 – Que sejamos conhecidos não por nossas roupas ou por nossos jargões lingüísticos, mas por nossa ética e amor para com todos os homens, refletindo assim, a luz de Cristo para todos os povos. (Mt 5.16)
33 – Que arda sempre em nosso peito o desejo de ver Cristo conhecido em todas as culturas, raças, tribos, línguas e nações. Que missões seja algo sempre inerente ao próprio ser do cristão, obedecendo assim à grande comissão que Jesus nos outorgou. (Mt 28.18-20)

34 – Reconhecemos que muitas igrejas chamam de pecado aquilo que a Bíblia nunca chamou de pecado. (Lc 11.46)

35 – A participação de cristãos e pastores em entidades e sociedades secretas é perniciosa e degradante para a simplicidade e pureza do evangelho. Não entendemos como líderes que dizem servir ao Deus vivo sujeitam-se à juramentos que vão de encontro à Palavra de Deus, colocando-se em comunhão espiritual com não cristãos declarando-se irmãos, aceitando outros deuses como verdadeiros. (Lv 5.4-6,10; Ef 5.11-12; 2 Co 6.14)

36 – Rejeitamos a idéia do messianismo político, que afirma que o Brasil só será transformado quando um “justo” (que na linguagem das igrejas significa um membro de igreja evangélica) dominar sobre esta terra. O papel de transformação da sociedade, pelos princípios cristãos, cabe à Igreja e não ao Estado. O Reino de Deus não é deste mundo, e lamentamos a manipulação e ambição de alguns líderes evangélicos pelo poder terreal. (Jo 18.36)

37 – Que os púlpitos não sejam transformados em palanques eleitorais em épocas de eleição. Que nenhum pastor induza o seu rebanho a votar neste ou naquele candidato por ser de sua preferência ou interesse pessoal. Que haja liberdade de pensamento e ideologia política entre o rebanho. (Gl 1.10)

38 – Que as igrejas recusem ajuda financeira ou estrutural de políticos em épocas de campanha política a fim de zelarem pela coerência e liberdade do Evangelho. (Ez 13.19)

39 – Que os membros das igrejas cobrem esta atitude honrada de seus líderes. Caso contrário, rejeitem a recomendação perniciosa de sua liderança. (Gl 2.11)
40 – Negamos, veementemente, no âmbito político, qualquer entidade que se diga porta-voz dos evangélicos. Nós, cristãos evangélicos, somos livres em nossas ideologias políticas, não tendo nenhuma obrigação com qualquer partido político ou organização que se passe por nossos representantes. (Mt 22.21)

41 – O versículo bíblico “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor” não deve ser interpretado sob olhares políticos como “Feliz a nação cujo presidente é evangélico” e nem utilizado para favorecer candidatos que se arroguem como cristãos. (Sl 144.15)

42 – Repugnamos veementemente os chamados “showmícios” com artistas evangélicos. Entendemos ser uma afronta ao verdadeiro sentido do louvor a participação desses músicos entoando hinos de “louvor a Deus” para angariarem votos para seus candidatos. (Ex 20.7)

43 – Cremos que o Reino também se manifesta na Igreja, mas é maior que ela. Deus não está preso às paredes de uma religião. O Espírito de Deus tem total liberdade para se manifestar onde quiser, independente de nossas vontades. (At 7.48-49)

44 – Nenhum pastor, bispo ou apóstolo (ou qualquer denominação que se dê ao líder da igreja local) é inquestionável. Tudo deve ser conferido conforme as Escrituras. Nenhum homem possui a “patente” de Deus para as suas próprias palavras. Portanto, estamos livres para, com base nas Escrituras, questionarmos qualquer palavra que não esteja de acordo com as mesmas. (At 17.11) 45 – Ninguém deve ser julgado por sua roupa, maquiagem ou estilo. As opiniões pessoais de pastores e líderes quanto ao vestuário e estilo pessoal não devem ser tomadas como Palavras de Deus e são passíveis de questionamentos. Mas que essa liberdade pessoal seja exercida como servos de Cristo, com sabedoria e equilíbrio. (Rm 14.22)

46 – Que nenhum pastor, bispo ou apóstolo se utilize do versículo bíblico “não toqueis no meu ungido” para tornarem-se inquestionáveis e isentos de responsabilidade por aquilo que falam e fazem no comando de suas igrejas. (Ez 34.2; 1 Cr 16.22)
47 – Que ninguém seja ameaçado por seus líderes de “perder a salvação” por questionarem seus métodos, palavras e interpretações. Que essas pessoas descansem na graça de Deus, cientes de que, uma vez salvas pela graça estão guardadas sob a égide do sangue do cordeiro, de cujas mãos, conforme Ele mesmo nos afirma, nenhuma ovelha escapará. (Jo 10.28-29)

48 – Que estejamos cada vez mais certos de que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Que a febre de erguermos “palácios” para Deus dê lugar à simplicidade e humildade do bebê que nasce na manjedoura, e nem por isso, deixa de ser Rei do Universo. (At 7.48-50)

49 – Que nenhum movimento, modelo, ou “pacote” eclesiástico seja aceito como o ÚNICO vindo de Deus, e nem recebido com a “solução” para o crescimento da igreja. Cremos que é Deus quem dá o crescimento natural a uma igreja que se coloca sob Sua Palavra e autoridade. (At 2.47; 1 Co 3.6)

50 – Que nenhum grupo religioso julgue-se superior a outro pelo NÚMERO de pessoas que aderem ao seu “mover”. Nem sempre crescimento numérico representa crescimento sadio. (Gl 6.3)

51 – Que a idolatria evangélica para com pastores, apóstolos, bispos, cantores, seja banida de nosso meio como um câncer é extirpado para haver cura do corpo. Que a existência de fã-clubes e a “tietagem” evangélica sejam vistos como uma afronta e como tentativa de se dividir a glória de Deus com outras pessoas. (Is 42.8; At 10.25-26)

52 – Reafirmamos que o véu que fazia separação entre o povo e o lugar santo, foi rasgado de alto a baixo quando da morte de Cristo. TODO cristão tem livre acesso a Deus pelo sangue de Cristo, não necessitando da mediação de quem quer que seja. (Hb 4.16; 2 Tm 2.15)
53 – Que os pastores, bispos e apóstolos arrependam-se de utilizarem-se de argumentos fúteis para justificarem suas vidas regaladas. Carro importado do ano, casa nova e prosperidade financeira não devem servir de parâmetros para saber se um ministério é ou não abençoado. Que todos nós aprendamos mais da simplicidade de Cristo. (Mt 8.20)

54 – Não reconhecemos a autoridade de bispos, apóstolos e líderes que profetizam a respeito de datas para a volta de Cristo. Ninguém tem autoridade para falar, em nome de Deus, sobre este assunto. (Mc 13.32)

55 – “O profeta que tiver um sonho, conte-o como sonho. Mas aquele a quem for dado a Palavra de Deus, que pregue a Palavra de Deus.” Que sejamos sábios para não misturar as coisas. (Jr 23.28)

56 – Que o ministério pastoral seja reconhecidamente um dom, e não um título a ser perseguido. Que aqueles que exercem o ministério, sejam homens ou mulheres, o exerçam segundo suas forças, com todo o seu coração e entendimento, buscando sempre servir a Deus e aos homens, sendo realmente ministros de Deus. (1 Tm 3.1; Rm 12.7)

57 – Que os cânticos e hinos sejam mais centralizados na pessoa de Deus no que na primeira pessoa do singular (EU). (Jo 3.30)

58 – Que ninguém seja obrigado a levantar as mãos, fechar os olhos, dizer alguma coisa para o irmão do lado, pular, dançar... mas que haja liberdade no louvor tanto para fazer essas coisas como para não fazer. E que ninguém seja julgado por isso. (2 Co 3.17)

59 – Que as nossas crianças vivam como crianças e não sejam obrigadas a se tornarem como nós, adultos, violentando a sua infância e fazendo com que se tornem “estrelas” do evangelho ou mesmo “produtos” a serem utilizados por aduladores e pastores que visam, antes de tudo, lotarem seus templos com “atrações” curiosas, como “a menor pregadora do mundo”, etc... (Lc 18.16; 1 Tm 3.6)
60 – Que as “Marchas para Jesus” sejam realmente para Jesus, e não para promover igrejas que estão sob suspeita e líderes questionáveis. Muito menos para promover políticos e aproveitadores desses mega-eventos evangélicos. (1 Co 10.31)

61 – Nenhuma igreja ou instituição se julgue detentora da salvação. Cristo está acima de toda religião e de toda instituição religiosa. O Espírito é livre e sopra onde quer. Até mesmo fora dos arraiais “cristãos”. (At 4.12; Jo 3.8)

62 – Que as livrarias ditas “cristãs” sejam realmente cristãs e não ajudem a proliferar literaturas que deturpam a palavra de Deus e que valorizam mais a experiência de algumas pessoas do que o verdadeiro ensino da Palavra. (Mq 3.11; Gl 1.8-9)

63 – Cremos que “declarações mágicas” como “O Brasil é do Senhor Jesus” e outras equivalentes não surtem efeito algum nas regiões celestiais e servem como fator alienante e fuga das responsabilidades sociais e evangelísticas realmente eficazes na propagação do Evangelho. (Tg 2.15-16)

64 – Consideramos uma afronta ao Evangelho as novas unções como “unção dos 4 seres viventes”, “unção do riso”, etc... pois além de não possuírem NENHUM respaldo bíblico ainda expõem as pessoas a situações degradantes e constrangedoras. (2 Tm 4.1-4)

65 – Cremos, firmemente, que todo cristão genuíno, nascido de novo, já possui a unção que vem de Deus, não necessitando de “novas unções”. (1 Jo 2.20,27)

66 – Lamentamos a transformação do culto público a Deus em momentos de puro entretenimento “gospel”, com a presença de animadores de auditório e pastores que, vazios da Palavra, enchem o povo de bobagens e frases de efeito que nada tem a ver com a simplicidade e profundidade do Evangelho de Cristo. (Rm 12.1-2)

67 – É necessário uma leitura equilibrada do livro de Cantares de Salomão. A poesia, muitas vezes erótica e sensual do livro tem sido de forma abusiva e descontextualizada atribuída a Cristo e à igreja. (Ct 1.1)
68 – Não consideramos qualquer instrumento, seja de que origem for, mais santo que outros. Instrumentos judaicos, como o shophar, não têm poderes sobrenaturais e nem são os instrumentos “preferidos” de Deus. Muitas igrejas têm feito do shophar “O” instrumento, dizendo que é ordem de Deus que se toque o shophar para convocar o povo à guerra. Repugnamos essa idéia e reafirmamos a soberania de Deus sobre todos os instrumentos musicais. (Sl 150)

69 – Rejeitamos a idéia de que Deus tem levantado o Brasil como o novo “Israel” para abençoar todos os povos. Essa idéia surge de mentes centralizadoras e corações desejosos de serem o centro da voz de Deus na Terra. O SENHOR reina sobre toda a Terra e ama a todos os povos com Seu grande amor incondicional. (Jo 3.16)

70 – Lamentamos o estímulo e o uso de “amuletos” cristãos como “água do rio Jordão”, “areia de Israel” e outros que transformam a fé cristã numa fé animista e necessitada de “catalisadores” do poder de Deus. (Hb 11.1)

71 – Que o profeta que “profetizar” algo e isso não se cumprir, seja reconhecido como falso profeta, segundo as Escrituras. (Ez 13.9; Dt 18.22)

72 – Rejeitamos as músicas que consistem de repetições infindáveis, a fim de levar o povo ao êxtase induzido, fragilizando a mente de receber a Palavra e prestar a Deus culto racional, conforme as Escrituras. (Rm 12.1-2; 1 Co 14.15)

73 – Deixemos de lado a busca desenfreada de títulos e funções do Antigo Testamento, como levitas, gaditas, etc... Tudo se fez novo em Cristo Jesus, onde TODOS nós fomos feitos geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. (1 Pe 2.9)

74 – Que então os ministros e dirigentes de música sejam simplesmente ministros e dirigentes de música, exercendo talentos e dons que Deus livremente distribuiu em Sua igreja, não criando uma “classe superior” de “levitas”, até porque os mesmos já não existem entre nós. (Rm 12.3-5)
75 – Que haja consciência sobre aquilo que se canta. Que sejamos fiéis à Palavra quando diz “cantarei com o meu espírito, mas também cantarei com meu entendimento”. (1 Co 14.15)

76 – Não consideramos que “há poder em nossas palavras” como querem os adeptos dessa teologia da “confissão positiva”. Deus não está sujeito ao que falamos e não serão nossas palavras capazes de trazer maldição ou benção sobre quem quer que seja, se essa não for, antes de tudo, a vontade expressa de Deus através de nossas bocas. (Gl 1.6-7)

77 – Rejeitamos a onda de “atos proféticos” que, sem base e autoridade nas Escrituras, confundem e desvirtuam o sentido da Palavra, ainda comprometendo seriamente a sanidade e a coerência das pessoas envolvidas. (Mt 7.22-23)

78 - Apresentar uma noiva pura e gloriosa, adequadamente vestida para o seu noivo, não consiste em “restaurar a adoração” ou apresentar a Deus uma falsa santidade, mas em fazer as obras que Jesus fez — cuidar dos enfermos e quebrantados de coração, pregar o evangelho aos humildes, e viver a cada respirar a vontade de Deus revelada na Sua palavra — deixando para trás o pecado, deixando para trás o velho homem, e nos revestindo no novo (Tg 1.27)

79 – Discordamos dos “restauradores das coisas perdidas” por não perceberem a mão de Deus na história, sempre mantendo um remanescente fiel à Palavra e ao Testemunho. Dizer que Deus está “restaurando a adoração”, “restaurando o ministério profético”, etc... é desprezar o sangue dos mártires, o testemunho dos fiéis e a adoração prestada a Deus durante todos esses séculos. (Hb 12.1-2)

80 – Lamentamos a transformação da fé cristã em shows e mega-eventos que somos obrigados a assistir nas TVs, onde a figura humana e as ênfases nos “milagres” e produtos da fé sobrepujam as Escrituras e a pregação sadia da Palavra de Deus. (Jo 3.30)
81 – Deus não nos chamou para sermos “leões que rugem”, mas fomos considerados como ovelhas levadas ao matadouro, por amor a Deus. Mas ainda assim, somos mais que vencedores por Aquele que nos amou. (Lc 10.3; Rm 8.36)

82 – Entendemos como abusivas as cobranças de “cachês” para “testemunhos”. Que fique bem claro que aquilo que é recebido de graça, deve ser dado de graça, pois nos cabe a obrigação de pregar o evangelho. (Mt 10.8)

83 – Que movimentos como “dança profética”, “louvor profético” e outros “moveres proféticos” sejam analisados sinceramente segundo as Escrituras e, por conseqüência, deixados de lado pelo povo que se chama pelo nome do Senhor. (2 Tm 4.3-4)

84 – Que a cruz de Cristo, e não o seu trono, sejam o centro de nossa pregação! (1 Co 2.2)

85 – Reafirmamos que, quaisquer que sejam as ofertas e dízimos, que sejam entregues por pura gratidão, e com alegria. Que nunca sejam dados por obrigação e nem entregues como troca de bênçãos para com Deus. Muito menos sejam dados como fruto do medo do castigo de Deus ou de seus líderes. Deus ama ao que dá com alegria! (2 Co 9.7)

86 – Que a igreja volte-se para os problemas sociais à sua volta, reconheça sua passividade e volte à prática das boas obras, não como fator para a salvação, mas como reflexo da graça que se manifesta de forma visível e encarnada. “Pois tive fome... e me destes de comer...” (Mt 25.31-46; Tg 2.14-18)

87 – Cremos, conforme a Palavra que há UM SÓ MEDIADOR entre Deus e os homens – Jesus Cristo. Nenhuma igreja local, ou seu líder, podem arrogar para si o direito de mediar a comunhão dos homens e Deus. (1 Tm 2.5)
88 – Lamentamos o comércio que em que se transformou a música evangélica brasileira. Infelizmente impera, por exemplo, a “máfia” das rádios evangélicas, que só tocam os artistas de suas respectivas gravadoras, alienam o nosso povo através da massificação dos “louvores” comerciais, e não dão espaço para tanta gente boa que há em nosso meio, com compromisso de qualidade musical e conteúdo poético, lingüístico e, principalmente, bíblico. (Mc 11.15-17)

89 – Que os pastores ajudem a diminuir a indústria de testemunhos e a “máfia” das gravadoras evangélicas. Que valorizem a simples pregação da Palavra ao invés do espetáculo “gospel” a fim de terem igrejas “lotadas” para ouvirem as “atrações” da fé. (1 Pe 5.2)

90 – Que sejamos livres para “examinarmos tudo e retermos o que é bom”. (1 Ts 5.21)

91 – Somente as Escrituras. (Jo 14.21;17.17)

92 – Somente a Graça. (Ef 2.8-9)

93 – Somente a Fé. (Rm 1.17)

94 – Somente Cristo. (At 17.28)

95 – Glória somente a Deus (Jd 24-25)

*

*

*


*

*

Ir. Roberto Skywalker...

terça-feira, 11 de março de 2008

Desenvolvimento Espiritual – Fases do desenvolvimento cristão.

*Texto de Estudo: I Co 13:11
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino”.

Quando uma pessoa se entrega a Cristo, o confessando como Senhor e Salvador de sua vida, ela é feita nova criação, como relatado em II Co 5:17 – “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura, as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo”.

Ao descermos às águas batismais, deixamos lá o velho homem carnal e renascemos como cidadãos dos Céus, homens e mulheres espirituais, nova criação no Senhor, feitos “Filhos de Deus”. Nessa ‘nova criação’, temos um desenvolvimento comum a tudo que nasce, ou seja, passamos por: Nascimento, Infância, Adolescência, Juventude e Fase adulta. A única etapa que essa nova existência não possui, é a morte, já que esta Jesus Cristo derrotou lá na Cruz do Calvário.

Nesse estudo, analisaremos cada uma dessas fases.

* O Nascimento:

Quando nos entregamos no altar, e confessamos o Senhor Jesus como nosso Salvador, Rei e Senhor de nossas vidas.

Como diz as Escrituras, lá em Is 1:18 – “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã”.

* A Infância:

Quando nos é dado o leite espiritual, que assim como o leite materno, rico em cálcio para o crescimento e de anticorpos que imunizam o recém-nascido, faz com que a criança espiritual, que está aprendendo os rudimentos e doutrinas básicas da fé cristã, tenha cálcio e anticorpos espirituais também; a saber:

1. Cálcio Espiritual: Para o crescimento do servo de Deus.
II Pe 3:18 – “Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”.

2. Anticorpos Espirituais: imuniza contra as enfermidades espirituais.
II Co 4:7,10 – “Temos porém esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua Vida de manifeste em nosso corpo”.

* A Adolescência:

É a fase da formação do caráter da pessoa, aquilo que ela virá a ser em sua fase adulta. É uma etapa delicada e fundamental no desenvolvimento do ser humano.

Geralmente, o adolescente se espelha em alguém mais velho e que ele admire, tendendo por isso, a buscar tornar-se semelhante a essa pessoa.

A adolescência espiritual, tal e qual a bio-cronológica, é a fase em que tomamos a decisão de qual modelo iremos seguir, como nos vamos nos portar e como nos relacionaremos verbal e socialmente com outros irmãos em Cristo e com a sociedade secular. Enfim, essa fase trata da organização da mentalidade do cristão, e de seu comportamento.

Por isso, nessa etapa do desenvolvimento espiritual, o crente tende a ter atitudes semelhantes às de um adolescente, como dúvidas, conflitos e questionamentos, tal e qual um aborrecente espiritual. Certos comportamentos típicos da adolescência humana, são vistas nessa fase, a destacar:

1. Facção: Como aqueles garotos que discutem e às vezes brigam por causa de seu time de futebol favorito.
I Co 3:1,9 – “...Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?...”.

2. Gosta de aparecer: Como aqueles meninos que gostam de medir força ou meninas que fazem de tudo para aparentar serem as mais belas.
I Co 14:20,25 – “Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos...”.

3. Brincar com algo sério, sem estar preparado para tal: Brincam com os dons e manifestações do Espírito Santo, como aquele garoto que pega a arma do pai escondido, e sai para brincar, acabando por matar alguém ou mesmo se matando nessa brincadeira.
Gl 6:6,10 – “...Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna...

* A Juventude:

É a fase áurea do ser humano, quando seu vigor é pleno e sua força sobeja em esplendor. Tanto Paulo quanto João escrevem sobre esses cristãos:

1) II Tm 2:15 - " Não tem do que se envergonhar, pois possuí reto proceder."
" Maneja bem a Espada da Verdade, ou seja, sabe desembainha-la para a peleja quando necessária."

2) I Jo 2:14 Þ São fortes, ou seja, prontos para a peleja e não fogem do combate.
* A Palavra de Deus permanece nele, já faz parte de seu ser e do que ele é, e não apenas mais um livro que leu.
* Tem vencido o Maligno com as Armas Espirituais de seu Senhor.

* A Fase Adulta:

Já amadurecidos, tanto o homem quanto a mulher, procuram se estabelecer na sociedade, trabalhando e constituindo família, tendo filhos e assim uma nova geração de cidadãos.

O adulto espiritual, procura realizar o mesmo no Reino Espiritual de seu Senhor, trabalhando em sua Obra de Salvação, e gerando filhos espirituais para o seu Reino, tal e qual ele foi um dia. Paulo demonstra isso em:

1) Gerando Filhos Espirituais:
§ I Tm 1:1,2 – “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pelo mandato de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança, a Timóteo, verdadeiro filho na fé, graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor”.

§ Tt 1:4 – “...a Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum, graça e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus nosso Salvador”.

2) Trabalhando e incentivando a trabalhar na obra de seu Senhor e Salvador Jesus Cristo.
§ II Tm 4:1,5 – “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela manifestação de seu Reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o eu ministério”.

Convém, e o tempo urge para tal, que deixemos de lado as meninices e rebeldias próprias de crianças e adolescentes, e passemos as ser jovens e adultos espirituais, parte produtiva e operante do Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo.

sábado, 8 de março de 2008

O Sonho de Daniel - "Os 4 Animais"

Texto Base: Dn 7:1,28

Escatologia é à parte da teologia que trata das últimas coisas. A literatura apocalíptica (do grego APOCALIPSE - que significa “REVELAÇÃO”) é um fato bíblico do qual não adianta se esquivar. Há algumas décadas passadas, mais precisamente até meados do século XX, ainda era pouco estudado esse assunto, ou, pelo menos, não como deveria. Certos cristãos achavam mesmo desnecessário seu ensino em púlpito, e que deveria permanecer guardado em salas de seminários teológicos.
Jesus fala do “Princípio das Dores” (Mt 24:3,14 – Mc 13:1,13 – Lc 21:7,14) e alguns ainda não perceberam que tudo isso já começou. Estamos já vivendo os últimos dias da humanidade, como a conhecemos. O fim está próximo.
Mas assim como nos dias em que viveu Noé, onde todos onde todos viram ele e seus filhos construindo a Arca, e não deram crédito às suas palavras e nem aos sinais, antes zombavam e tripudiavam, continuando cada um na sua iniqüidade, assim o povo de hoje, teima em não ouvir o óbvio: “JESUS ESTÁ VOLTANDO”.
A Bíblia relata acontecimentos e sinais que predizem tanto a primeira quanto também a segunda vinda do Jesus, onde o Senhor virá levar sua noiva (a Igreja) e aniquilar o poder de Satanás e do pecado.
Tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, temos uma exposição de fatos e eventos que nos apresentam uma seqüência ordenada de acontecimentos que se cumpriram ou ainda hão de se cumprir até a volta do Senhor.
Daniel é um dos livros apocalípticos do Antigo Concerto. A “Bíblia de Estudos das Profecias”, nos traz uma divisão bem detalhada desse livro:

1. A história pessoal de Daniel: (1:1, 21);
2. O plano profético para os gentios: (2:1 a 7:28);
3. O plano profético para Israel: (8:1 a 12:13).

Nossa atenção especial nesse estudo será sobre a profecia referente ao capítulo quatro, e sua relação direta com a profecia do capítulo dois (a estátua que uma pedra destruía).
De modo mais sucinto, para título de divisão em tópicos, temos a seguinte partição:

* O Sonho:
1. O surgimento dos quatro animais: 7:1, 8;
2. A visão do Tribunal e o Julgamento: 7:9, 12;
3. A vitória do Filho do Homem: 7:13, 14.

* A Interpretação do Sonho:
1. A interpretação dos quatro animais: 7:15, 18;
2. O quarto animal e o chifre pequeno: 7:19, 25;
3. O Julgamento do Grande Tribunal _ O Reinado Eterno de Cristo: 7:26, 28.

Analisando os animais segundo uma visão histórico-profética, temos:

* Leão com asas de águia e mente de homem.

Representa a Babilônia, que dominou os hebreus de 586 AC a 539 AC. Conforme certos achados arqueológicos, essa figura leonina alada era uma espécie de símbolo nacional, que era representada por uma figura com cabeça humana e corpo de leão. Representava o régio poder. As asas de águia (considerava-se a águia, a rainha das aves), representam o poderio do rei Nabucodonozor especificamente. Quando as asas são retiradas, representa basicamente o que aconteceu com o rei que foi retirado do seu poder e se tornado como as feras do campo (capítulo quatro). Interliga-se com o sonho da estátua, no tocante à cabeça de ouro (capítulo dois).

* Urso que se levantou sobre um dos lados, com três costelas na boca.

Representa o império Medo-Persa, que subjugou a Babilônia. O levantar-se sobre um dos lados representa que um dos lados desse duplo império se sobressairia ao outro, como de fato aconteceu, pois a elite dessa nova potência vinha da Média (Dario, o Medo, também chamado CIRO, era da Média e foi o primeiro imperador desse império). As três costelas representam as três potências conquistadas por ele (Babilônia, Lídia e Egito).

* Leopardo com quatro cabeças e quatro asas.

Representa o império grego de Alexandre Magno, conquistador macedônico. As quatro asas são seus quatro generais (Lisímaco, Cassandro, Seleuco e Ptolomeu) que ligeiramente dominavam o mundo na faixa que incluía a região da Grécia, Egito e até a Índia. Após a prematura morte de Alexandre, os quatro generais foram os quatro cabeças de quatro dinastias que surgiram da fragmentação do império do jovem conquistador, a saber:

1. Lisímaco: Ficou com a Trácia e a Betínia;
2. Cassandro: Ficou com a Grécia e a Macedônia;
3. Seleuco: Ficou com a Babilônia e a Síria;
4. Ptolomeu: Ficou com a Palestina, Egito e Arábia.

Dois desses generais nos chamam especial atenção pelos expoentes que houve em suas descendências. Historicamente, temos o seguinte:

=>Seleuco: Originou a dinastia Seleucida, que teve um dos destaques em Antioco IV Epífanes, cuja história é relatada no livro apócrifo de I Macabeus. É uma prefiguração do Anti-Cristo, pois ofereceu sacrifícios pagãos no Templo de Jerusalém com carne de porco (animal impuro pelas leis mosaicas) e colocou imagens de Júpiter Olímpico (Zeus, para os gregos) no interior do Templo, conforme profetizado por Daniel no capítulo nove, verso vinte e sete (O Abominável da Desolação).

=>Ptolomeu: Teve destaque em uma descendente sua de nome Cleópatra, amante de Julio Cesar, e após o assassinato deste, de Marcos Antônio, ambos generais e figuras de grande vulto do então poderoso império romano. Suicidou-se com a picada de uma Áspide.

* Animal terrível, espantoso, sobremodo forte, com unhas de bronze e dentes de ferro, com dez chifres grandes e um pequeno que derribava três dos maiores e proferia blasfêmias.

Representa o Império Romano, que esmagava, devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava. Conquistava tudo com as armas de ferro e nada poupava.
Os dez chifres (na simbologia hebraica, chifres representam força e poder como o de um touro), representam dez reinos com dez reis que surgirão com a fragmentação do império romano. É importante notar o fato que por aproximadamente mil e quinhentos anos, o total de nações e potências que tem coexistido no território do antigo império, sempre foi em número de dez, aproximadamente.
Como uma continuação da civilização romana, esses reinos ou nações coexistirão entre o primeiro julgamento (versículo nove), a vinda de Cristo, e o segundo julgamento (versículos treze e quatorze).
O Dr. J. Dwight Pentecost, faz a seguinte análise desse trecho de Daniel:

1. O fato dos dez reinos com dez reis se levantarem do quarto império, parece indicar que o quarto animal, no caso, o império romano, não deixou de existir. Recomeçando tudo na Europa, como antes.

2. Dentre esses dez reinos se levantará um indivíduo (o chifre pequeno – O Anticristo) que terá domínio total sobre os dez reis (Dn 7:8, 24 – Ap 13:1, 10 – 17:3). Quando ele conquistar sua autoridade, três dos dez reis serão derribados. Essa autoridade final sobre o “Império Romano” renascido, será exercida por alguém que é marcado pela blasfêmia, pelo ódio ao povo de Deus, pelo desprezo à lei e à ordem estabelecida, o qual continuará por três anos e meio (Dn 7:26). Essa forma final de poder mundial afetará todo o globo terrestre.
Mais à frente, Daniel faz mais uma alusão ao Anticristo, como o “Príncipe que há de vir” (Dn 9:26). Para ressaltar sua forma enganadora, João o representa como o Cavaleiro Branco, o primeiro dos quatro cavaleiros do apocalipse (Ap 6:2).

No final da visão, Daniel vê um ANCIÃO DE DIAS (que simboliza o Senhor, Deus de Israel), em cujas mãos está o tempo. A cena é a do Julgamento, também descrita em Ap 4:3 a Ap 5:14.
A visão de seu Trono, com rodas, todo ele em Fogo e Chamas Ardentes, simboliza como O Carro de Batalha do Senhor.
Os livros que foram abertos designam todo o registro perpétuo da humanidade. Dos Céus, vinha com as nuvens, um como O Filho do Homem, título pelo qual João representa o Senhor Jesus, tanto em seu Evangelho como em Apocalipse.
Ele se dirige ao Ancião de Dias, e lhe é dado o Domínio, a Glória e o Reino, ou seja, para toda a eternidade, povos, línguas e nações servirão ao Cordeiro de Deus, que venceu a morte, e comprou com o seu Sangue, todos os que se chamam pelo seu Nome.

quinta-feira, 6 de março de 2008

DUPLA PERSONALIDADE NO MEIO DOS CRENTES

TEMA: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. (Romanos 12 : 2)

Há pessoas que congregam em nosso meio, ajudam na obra, fazem o que é correto aos olhos dos homens, mas que vivem uma farsa no meio da Igreja.
Apresentam um comportamento típico de portadores de um psicopatia rara e maligna, chamada de “dupla personalidade”. Um dos casos mais famosos, é o do Best Seller “O Médico e o Monstro”.
No meio da Igreja tem um comportamento, mas quando sai pelas suas portas, muda como da água para o vinho, ou melhor, fel.
Possuem um comportamento altamente destrutivo, seja com o próximo ou mesmo com eles mesmos, fazendo ou falando coisas que entristecem o Espírito Santo do Senhor.
Assim como os psicopatas portadores dessa enfermidade, podemos classificá-los como psicopatas espirituais, prontos para te matarem espiritualmente, se você der chance, levando suas vítimas a caminhos de rebeldia, aberta rebelião contra o Senhor e sua Obra, costumes e diretrizes que fogem ao padrão bíblico e esfriamento espiritual.
Analisemos algumas facetas dessa enfermidade espiritual:

A) Possuem tendência à maledicências:

3 Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.
4 Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa.
5 Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.
6 A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.
7 Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana;
8 Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.
9 Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
10 De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.
11 Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?
12 Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce. (Tiago 3:3,12)

Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. (Tiago 1 : 26)

B) Possuem tendência à mentiras:

Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. (João 8 : 44)

C) Por trás da capa de santidade, extremamente carnais:

3 Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade,
4 É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas,
5 Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais.
6 Mas é grande ganho a piedade com contentamento.
7 Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. (I Tm 6:3,7)

Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? (I Coríntios 3 : 3)

5 Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
6 Do que, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas;
7 Querendo ser mestres da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam. (I Tm 1:5,7)

ALERTAS DAS ESCRITURAS SAGRADAS:

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. (João 3 : 6) – Não há meio termo.

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mateus 26: 41) – Sejamos vigilantes acerca de nossa comunhão com Deus, para que ninguém a roube

Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. (Mateus 12 : 36) – Aprendamos a refrear a língua.

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mateus 6 : 24) – Sejamos fiéis ao SENHOR NOSSO DEUS.